O ESPÍRITO SANTO DE DEUS.
Algumas pessoas maldosas ou pouco conhecedoras dos ensinos e crenças protestantes adventistas do Avivamento dizem que nós não cremos no Espírito Santo, que negamos o Espírito Santo e rejeitamos a existência dele. Será isso verdade? Será que os protestantes adventistas do Avivamento não creem ou confessam o Espírito Santo? Seria nossa religião uma seita a tal ponto de negar o Espírito Santo de Deus? Abaixo serão expostos textos bíblicos, trechos de nossa doutrina e posições oficiais dos líderes da Igreja Protestante Adventista do Avivamento. Vamos saber se realmente o que alegam é verdade? Sigam com uma boa leitura atentamente aos escritos que se seguem.
COMO ESTÁ A DOUTRINA DE NÚMERO 04 DOS PROTESTANTES ADVENTISTAS DO AVIVAMENTO?
04 - O Espírito Santo de Deus. (Ruach HaKodesh)
O Espírito Santo desempenhou uma parte ativa na Criação e Redenção. Inspirou os escritores das Escrituras Sagradas; O Espirito Santo do Eterno Pai, encheu de poder a vida de Cristo, quando Este se fez carne e habitou entre nós. Ainda hoje atrai, convence os que se mostram sensíveis à Sua Voz e Poder. O Espirito Santo é Consolador prometido, intercessor com gemidos inexprimíveis que nos assiste em nossas fraquezas. Ele nos convence do pecado, da justiça e do juízo sendo o Senhor Jesus Cristo a nos selar com Ele. Enviado pelo Pai e pelo Filho para estar pra sempre conosco, Ele Concede dons espirituais à Igreja, a habilitar e dar testemunho de Cristo, e em harmonia com as Escrituras, guia-a em toda a verdade. (Gênesis 1:1 e 2; Lucas 1:35; 2 Pedro 1:21; Lucas 4:18; Atos 10:38; 2 Coríntios 3:18; Efésios 4:11 e 12; Atos 1:8; João 14:16-18 e 26; 15:26 e 27; 16:7-13; Romanos 1:1-4; Romanos 8:26; Salmos 139:1-10; Salmos 51:11; 1 João 4:12-13; Efésios 3:16-17; 2 Coríntios 13:5; Mateus 18:20; Mateus 28:20; Romanos 8:9-10; João 14:23; 2 João 1:9; Colossenses 1:27; 2 Coríntios 3:17-18). Cremos no Espírito Santo, e com Ele existe completa vida espiritual: 38. Aquele que crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva (João, 7). Cremos que a Presença do Espírito trás alegria: 11. Tenho-vos dito essas palavras para que a minha alegria permaneça em vós e a vossa felicidade seja completa (João, 15). Cremos na Presença do Pai e do Filho em nós por meio do Espírito: 11. Crede-me quando digo que estou no Pai e que o Pai está em mim; crede-o, ao menos por causa das mesmas obras. 18. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. 20. E naquele dia, entendereis que Eu estou no meu Pai, e vós, em mim, e Eu, em vós (João, 14). Cremos que o Pai e Filho faz habitação em nós por meio do Espírito: 23. Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, obedecerá à minha Palavra; e meu Pai o amará, e nós viremos até ele e faremos nele nosso lar (João, 14). 21. Aquele que tem os meus mandamentos e obedece a eles, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e Eu também o amarei e me revelarei a ele (João, 14). Cremos que o Espírito é a Presença Pessoal tanto do Eterno Pai como de Seu Filho Jesus Cristo, que estão entre nós, age em nós e nos dá unção por meio do Espírito. Adoramos, honramos e glorificamos o Espírito Santo, que para nós é o próprio Deus como Seu Filho Jesus Cristo. Cremos que tanto o Pai como o Filho Consola o crente por meio do Espírito: 16. E o próprio Senhor nosso, Jesus Cristo, e Deus nosso Pai que nos amou e pela graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança 17. console os vossos corações e os confirme em toda boa obra e palavra (2 Tessalonicenses, 2). Confessamos o Espírito Santo e O aceitamos como parte do Centro de nossa Sagrada fé. O Espirito é a nossa liberdade: 17. O Senhor é o Espírito; e onde quer que o Espírito esteja, ali há liberdade.18. Mas todos nós, que com a face descoberta contemplamos, como por meio de um material espelhado, a glória do Senhor, conforme a sua imagem estamos sendo transformados com glória crescente, na mesma imagem que vem do Senhor, que é o Espírito (2 Coríntios, 3).
Muitas pessoas tratam o Espírito de Deus como se fosse uma energia, algo que o cristão controla e dá poderes a ele. Mas o Espírito é uma pessoa. E a Bíblia deixa claro que não somos nós quem mandamos, ordemos ou sopramos o Espírito Santo, mas é ele quem guia e controla a sua igreja. Isso fica evidente em Atos, quando Paulo viajava em missões e tem os planos modificados. A Palavra diz que o Apóstolo ia em uma direção quando foi “impedido pelo Espírito Santo” (At 16.6-7), Este era o Espírito de Cristo. E depois é conduzido pelo Espírito até a Macedônia. O Espírito é o próprio Deus que habita nos cristãos e nos capacita vivermos a vida que Cristo tem para nós.
O ESPÍRITO SANTO SEGUNDO AS ESCRITURAS...
Na Bíblia descobrimos que o Espírito Santo tem emoções, vontades, intercede (Romanos 8:26-27), fica triste (Efésios 4:30), mas também atua como consolador, que Jesus havia dito que Ele seria (João 14:16-26; João 15:26).
O ESPÍRITO SANTO FALA: Atos 13:2
O ESPÍRITO SANTO PENSA: 1 Coríntios 2:10-11
O ESPÍRITO SANTO TEM VONTADES: Atos 16:7
O ESPÍRITO SANTO DO PAI FALA DE CRISTO: João 16:13-15
O ESPÍRITO SANTO CONVENCE O PECADOR: João 16:7-8
O ESPÍRITO SANTO TRANSFORMA O CRENTE: Romanos 8:2
O ESPÍRITO SANTO GUIA: Gálatas 5:16
O ESPÍRITO SANTO CAPACITA: Gálatas 5:22-24
O ESPÍRITO SANTO CONCEDE DONS ESPIRITUAIS: 1 Coríntios 12:4-8.
NOMES DO ESPÍRITO SANTO:
Espírito Santo (Efésios 5:18);
Espírito de Deus (Mateus 3:16);
Espírito do Senhor (2 Coríntios 3:17);
Espírito de Cristo (1 Pedro 1:11);
Auxiliador ou Consolador (João 14:16; João 15:26; João 16:7);
Espírito da Verdade (João 14:17);
Espírito de Vida (Romanos 8:2);
Espírito da Promessa (Gálatas 3:14; Efésios 1:13);
Espírito de Adoção (Romanos 8:15; Gálatas 4:6);
Espírito de Glória (1 Pedro 4:14).Habita em vós (Jo 14.17)
O Espírito Santo sempre atuou na Terra. No Antigo Testamento a sua atuação é destacada em diversos momentos:
Capacitando José para interpretação do sonho de Faraó (Gn 41.34)
Deu habilidade e inteligência para o serviço a Bezalel e a Aoliabe (Ex 36.1)
Capacitando Gideão na liderança (Jz 6.34)
Dando força extraordinária para Sansão (Jz 14.6)
Falou por meio dos Profetas (Is 48.16)
Podemos enumerar ainda vários outros episódios. Porém, o Espírito de Deus atuava de forma pontual na vida desses homens. Após a ascensão de Jesus, o Espírito habita em nós, ou seja, o próprio Pai e Seu Filho por meio do Espírito Santo. E qual conforto poderia ser melhor para o cristão do que compreender que o próprio Deus habita em nós? Nenhuma mentira, nenhum falso ensino, nenhum pecado, nenhuma artimanha de Satanás prevalecerá contra a Igreja de Cristo, porque “maior é o que está em nós” (1Jo 4).
A Igreja Protestante Adventista Do Avivamento Oficialmente reconhece o Espírito Santo. Para os Adventistas do avivamento o Espírito Santo é um dos seus principais pontos de fé, existência como Religião e razão do nome da Organização. A Igreja reconhece o Espírito Santo como sendo O Representante Pessoal do Eterno Deus Pai e Seu Filho Jesus Cristo. Ou seja, o Espírito Santo é o Próprio Deus e o Próprio Cristo, tanto a Pessoa do Pai como do Filho, como o Poder do Pai como de Seu Filho Jesus. O Espírito Santo é um mistério, não é totalmente revelado, faz parte da natureza das duas Potências do Universo: JEOVÁ E JESUS CRISTO. A mente humana, nossa finita capacidade jamais entenderá os mistérios de Deus, Sua dimensão, Seu poder e sua Obra na amplitude. Para o Adventista Do Avivamento e de acordo com a Bíblia, num estudo profundo não existe uma Trindade ou seja: Três pessoas no céu, três deuses, três potências. Existe o que o apóstolo Paulo disse:
●6. para nós, contudo, há um único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por intermédio de quem tudo o que há veio a existir, e por meio de quem também vivemos. (1 Coríntios, 8)
●5. há um só Senhor, uma só fé, um só batismo,
6. um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos. (Efésios, 4)
Cremos ser o Próprio Deus Pai e Deus Filho o Espírito Santo. Eis a Bíblia:
●17. O Senhor é o Espírito; e onde quer que o Espírito esteja, ali há liberdade.
18. Mas todos nós, que com a face descoberta contemplamos, como por meio de um material espelhado, a glória do Senhor, conforme a sua imagem estamos sendo transformados com glória crescente, na mesma imagem que vem do Senhor, que é o Espírito. (2 Coríntios, 3)
●19. Pois estou certo de que o que se passou comigo resultará em libertação para mim, graças às vossas súplicas e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo. (Filipenses, 1)
●9. Vós, contudo, não estais debaixo do domínio da carne, mas do Espírito, se é que de fato o Espírito de Deus habita em vós. Todavia, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo. 10. Porém, se Cristo está em vós, o corpo está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
(Romanos, 8)
●11. buscando conhecer o tempo e as circunstâncias mais oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao comunicar-lhes de antemão os sofrimentos que Cristo haveria de passar e as glórias que se seguiriam àquelas aflições. (1 Pedro, 1)
O Consolador é tanto o Pai como o Filho:
●16. Que o próprio Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança pela graça, 17. concedam ânimo ao vosso coração e vos fortaleçam para fazerem sempre o bem, tanto em atos como em palavras.
(2 Tessalonicenses, 2)
●4. que nos consola em todas as nossas tribulações, para que também sejamos capazes de consolar os que passam por qualquer tribulação, por intermédio da consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.
5. Porquanto, da mesma maneira como os sofrimentos de Cristo transbordam sobre nós, igualmente por meio de Cristo transborda a nossa consolação. (2 Coríntios, 1)
●3. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, (2 Coríntios, 1)
Só existe dois:
●9. Todo aquele que não permanece no ensino de Cristo, mas acredita estar indo além dele, não tem Deus; porquanto, quem permanece na sã doutrina tem o Pai e também o Filho.
(2 João, 1)
O Pai e o Filho faz morada no crente pelo Espírito Santo:
●23. Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, obedecerá à minha Palavra; e meu Pai o amará, e nós viremos até ele e faremos nele nosso lar.
(João, 14)
●21. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
22. Perguntou-lhe Judas (não o Iscariotes): O que houve, Senhor, que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?
23. Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada. (João, 14)
A verdadeira Trindade é Deus, Cristo e o crente:
●21. para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22. E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um;
23. eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim. (João, 17)
Quem batiza com o Espírito Santo é Jesus Cristo:
●11. Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo.
(Mateus, 3)
●8. Eu vos batizei em água; ele, porém, vos batizará no Espírito Santo. (Marcos, 1)
●16. respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, vos batizo em água, mas vem aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de desatar a correia das alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo. (Lucas, 3)
É o Nome de Dois que sela o Crente:
●1. E olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o Monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam na fronte escrito o nome dele e o nome de seu Pai. (Apocalipse, 14)
Estêvão viu só dois:
●55. Mas ele, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus em pé à direita de Deus,
56. e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem em pé à direita de Deus. (Atos, 7)
João viu só dois:
●3. Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão, (Apocalipse, 22)
●1. E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. (Apocalipse, 22)
●23. A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela resplandeçam, porém a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. (Apocalipse, 21)
●22. Nela não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. (Apocalipse, 21)
●4. Estes são os que não se contaminaram com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes foram comprados dentre os homens para serem as primícias para Deus e para o Cordeiro (Apocalipse, 14)
●17. porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima. (Apocalipse, 7)
●16. e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos da face daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; (Apocalipse, 6)
●13. Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos: (Apocalipse, 5)
Cristo disse ser Ele e o Pai o Espírito:
●11. Quando, pois, vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que haveis de dizer.
12. Porque o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer. (Lucas, 12)
●11. Quando, pois, vos conduzirem para vos entregar, não vos preocupeis com o que haveis de dizer; mas, o que vos for dado naquela hora, isso falai; porque não sois vós que falais, mas sim o Espírito Santo. (Marcos, 13)
●19. Mas, quando vos entregarem, não cuideis de como, ou o que haveis de falar; porque naquela hora vos será dado o que haveis de dizer. 20. Porque não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós. (Mateus, 10)
●13. Isso vos acontecerá para que deis testemunho.
14. Proponde, pois, em vossos corações não premeditar como haveis de fazer a vossa defesa; 15. porque eu vos darei boca e sabedoria, a que nenhum dos vossos adversário poderá resistir nem contradizer. (Lucas, 21)
É somente o Pai e o Filho:
●11. Crede-me que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras.
(João, 14)
●10. Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras.
(João, 14)
●38. Mas se as faço, embora não me creiais a mim, crede nas obras; para que entendais e saibais que o Pai está em mim e eu no Pai. (João, 10)
O batismo no Espírito Santo trás a Presença do Eterno Deus Pai e Seu Filho Jesus Cristo:
●17. a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós. 18. Não vos deixarei órfãos; voltarei a vós. 19. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis. 20. Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. 21. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. (João, 14)
Termino este simples estudo com as Palavras do Senhor:
●18. Não vos deixarei órfãos; voltarei a vós.
28. Ouvistes que eu vos disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu. (João, 14)
●18. Não vos deixarei órfãos; voltarei a vós. (João, 14)
OS JUDEUS MESSIÂNICOS PENSAM COMO OS PROTESTANTES ADVENTISTAS DO AVIVAMENTO:
Ninguém pode com certeza definir o Espírito Santo. Durante muitos séculos discutiu-se sobre este Ser Divino. Debates acalorados perduraram por muito, muito tempo,seguindo dai diversos estudos e doutrinas da mais variadas, para todos os gostos. Mas na visão cristã crê-se em uma trindade entre Deus o Pai,O Filho e o Espírito Santo,três mas um só Deus ,com características de ações diferentes entre Eles. Gostaria de expressar a visão judaica messiânica ,isto é crentes judeus no Messias Yeshua ,Jesus,sobre quem é o Espírito Santo.
RÚACH...tradução no hebraico : Vento - Presença - Essência - Sopro - Fôlego.
Primeira ocorrência : Gênesis 1;2..."Havia trevas sobre a face do abismo,e o Rúach de Elohin pairava sobre a face do abismo, e o Rúach de Elohin pairava sobre a face das águas..."
Na verdade,era a Glória e a presença Divina que estavam "visitando"o caótico estado que a terra se encontrava.
Outro exemplo em Gênesis 8:1..." E lembrou-se Deus de Noé e de todo o animal...e fez passar Rúach sobre a terra ,e baixaram as águas..."
Nota 1; No Antigo Testamento vemos o Espírito de Deus ,o Espírito do Senhor ,a Essência, a presença Dele vindo e algumas poucas pessoas,pouquíssimas pessoas especiais, com o intuito delas desempenharem papéis bem específicos . Reis,Profetas e Sacerdotes possuíam o Espírito de Deus para desempenharem funções como líderes do povo hebreu.
Outros também recebiam o Espírito de Deus para cumprirem tarefas especiais com ex; em Êxodo 31:2-3,com Betzalel : ..."Eis que eu tenho chamado por nome Betzalel,o filho de Uri ,filho de Hur ,da tribo de Judá e o enchi do Rúach Elohin,de sabedoria ,e de entendimento, e de ciência em todo o lavor,para elaborar projetos e trabalhar em ouro e prata ,e em cobre, e em lapidar pedras para engastar,e em entalhes de madeira,para trabalhar em todo o lavor. Estar cheio do Espírito do Senhor então é: significa Andar em sua presença,fazendo apenas o que lhe convém .
Nota 2: Todo o ser humano é formado de corpo (Bassár) Alma ( Néfesh) e Espírito( Rúach) .Quando Adão foi criado - a Torá nos diz que Deus "soprou"{ o seu Espírito no corpo ( Bássar) ainda sem vida do homem.Então ele passou a viver tendo agora uma "Néfesh" chaiá ( alma viva ou vivente). Na verdade ter alma significa estar vivo. Alma: mente -vontade -emoções ou sentimentos .
Nota : é na alma que o homem se alegra ou se entristece, sente gozo ou angústia,medo ou confiança. Mas, é no espírito que nos relacionamos e provamos a presença de Deus. Nosso espírito é o elemento que serve de conexão com o criador. No Espírito, é Nele que o homem se relaciona com Deus, ouve sua voz e é convencido de sua Soberania. é em nosso espírito que recebemos o Espírito de Deus.
Nota 3: Devemos sempre buscar conhecer a Deus não apenas na alma ou seja,com o conhecimento ou no campo das emoções, mas, com nosso espírito.
Mas qual seria a diferença entre Espírito de Deus ( Rúach Elohin)? e Espírito Santo ( Rúach Ha Kôdesh) ? : Durante o Êxodo no deserto ,Deus estipulava ao povo para não usar de seu nome em vão. Não havia nenhuma proibição quanto ao se pronunciar o nome Divino. Então, quando as pessoas se referiam ao Espírito de Deus,elas simplesmente diziam : "Rúach Adonai ou Rúach YHVH", assim como eu tenho meu espírito Deus tem o Dele.
Mas, durante os séculos de conquistas de Canaã, posteriormente com os reinos de Israel e Judá estabelecidos,os judeus começaram a enfrentar muitos problemas com relação ao mandamento de se respeitar o nome de Deus. Porque? Porque os povos habitantes em Israel, pagãos e politeístas ,ouviam os judeus pronunciarem o nome de seu Deus e o repetiam em tradições pagãs. Então,com o intuito de se evitar a profanação do nome do Senhor por parte dos povos de Canaã,os judeus decidiram por evitar pronunciar o TETRAGRAMA, apenas escrevendo-o nas escritas,
Termos como "Beit YHVH - a casa de YHVH" ou o templo passaram a se chamar "Beit Há Mikdásh"ou casa da Santidade. Da mesma forma ,o termo "Rúach Elohim ou Rúach YHVH ,passou a se chamar "Rúach Ha Kôdesh "ou Espírito Santo.
Nota 4: Tal mudança de termos perduraram até os dias de hoje,com a intenção de se pronunciar,ou melhor,de se evitar a pronuncia do nome de Deus.
A grande confusão. Uma grande confusão acontece no mundo cristão, é referir-se ao Espírito de Deus, ou Espírito Santo,como sendo uma Terceira pessoa distinta, um ser Divino que age de forma independente a mando de Deus, o Criador.
Em 325 DC ,foi criado o termo Trindade pelo Imperador Constantino no Concílio de Nicéia , com um lembrete : que no mesmo concílio em que foi criado o conceito de Trindade,foi determinado a culpabilidade dos judeus pela morte de Cristo,sendo os judeus crentes após este ano, "expulsos de toda igreja cristã".
Segundo este dogma eclesiástico,o Deus Criador,o Filho Jesus,e o Espírito de Deus criador,são Três Pessoas distintas. Não somente isto ,o dogma Trinitariano determina que: Esses três seres celestiais não possuem Hierarquia entre Eles. Então, aos olhos das prescrições de Deus ao povo judeu e dos ensinamentos de Jesus é caracterizada como Politeísmo e Paganismo .
Nota 5: Por isso,os judeus e os muçulmanos consideram os cristãos como pagãos até aos dias de hoje...João 14:28 ...o Pai é maior do que Eu.
PENSAMENTO PROTESTANTE ADVENTISTA DO AVIVAMENTO SOBRE JOÃO 14:28...
Essa e outras declarações que falam da subordinação de Cristo ao Pai referem-se à condição de Cristo durante a encarnação, e não à Sua natureza divina como contrastando com a do Pai. Em Filipenses 2:5-11, Paulo declara (1) que antes da encarnação Cristo possuía a mesma “forma de Deus” e era “igual a Deus” (verso 6); (2) que durante a encarnação Ele “Se esvaziou” e “Se humilhou”, “assumindo a forma de servo” (versos 7-8); e (3) que após a encarnação Ele reassumiu todo o Seu status original de igualdade com o Pai (versos 9-11).
Cristo destacou várias vezes, durante Seu ministério terrestre, Sua posição de igualdade com o Pai. De acordo com a compreensão oriental, ao Cristo afirmar que “Deus era seu Próprio Pai”, Ele estava fazendo-Se “igual a Deus” (João 5:18). Cristo também disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Em outra ocasião Ele chegou mesmo a reivindicar para Si o título sagrado “EU SOU” (João 8:58), usado no Antigo Testamento para designar a Deus (ver Êxodo 3:14).
Durante Sua encarnação, Cristo viveu como homem entre os homens, deixando-nos um exemplo de perfeita dependência do Pai (1 Pedro 2:21). Nessa condição Ele não apenas declarou que “o Pai é maior do que Eu” (João 14:28) e que “o Filho nada pode fazer de Si mesmo” (João 5:19), mas também pôs-Se de joelhos e orou ao Pai (Lucas 22:41-42). Não podemos, no entanto, usar essas declarações para tentar justificar a falsa teoria de que Cristo é de alguma forma inferior ao Pai.
O Novo Testamento é claro em afirmar que Cristo é verdadeiramente Deus (João 1:1; 20:28; Tito 2:13; Hebreus 1:8; 2 Pedro 1:1) e que nEle “habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2:9). Paulo jamais poderia ter falado de Cristo como possuindo “toda a plenitude da Divindade” se Ele não fosse coeterno com o Pai e da mesma essência que Ele.
O ESPÍRITO SANTO...
O Espírito de Deus representa a presença Pessoal de Deus e o poder do próprio Deus. Ele é a essência de Deus. Assim como eu possuo o meu espírito, Deus possui o dele.
Pergunta-se : Por acaso meu espírito pode sair por ai quando bem lhe entender, e me deixar aqui escrevendo tais palavras? A resposta é NÃO!!! - Mas sim,onde eu estou ai também está meu espírito .O meu espírito faz parte de mim,de quem sou.Ele é a minha essência e minha identidade.
Da mesma forma,é o Espírito de Deus, Ele não pode sair por aí a "mando de Deus" nem pode ser representado como terceiro "deus"da Trindade. Então, o Espírito Santo é o PRÓPRIO DEUS. Pergunta-se ; Se o Espírito Santo é uma Pessoa distinta,porque Ele é tratado nas escrituras como se fosse ?
Resposta : Na literatura Semítica em geral ( árabe ou Judaica) é comum até nos dias de hoje o que chamamos de "personificação do abstrato"ou seja, é típico da literatura destes povos personificar sentimentos e atributos alheios.
Exemplo : ..."Portanto,como diz o Espírito Santo: se ouvirdes hoje a sua voz,não endureçais os vosso corações,como na provocação no dia da tentação no deserto..."hebreus 3;7.
Nota 6: sabemos que foi o Rei Davi,no Salmo 95,quem escreveu tais palavras. Mas, o autor de Hebreus personifica a unção que Davi teve ao escrever tais palavras, chamando-a de Espírito Santo. Na verdade,foi a unção de Davi( ou presença do Espírito Santo nele) ,quem escreveu estas palavras.
Outro exemplo: ..."A Sabedoria clama lá fora,pelas ruas levanta a sua voz,nas esquinas movimentadas ela brada,nas entrada das portas e nas cidades profere as sua palavras."provérbios 1:20-21. Segue interpretação:
Vê-se aqui que a sabedoria ( algo abstrato e não palpável) é personificada como se fosse uma pessoa: ela "clama"ela "fala" ela "brada" e anuncia suas palavras.
Podemos com base no texto do Rei Salomão ,afirmar que existe uma pessoa ou um ser chamado Sabedoria,que grita pelas ruas para chamar a atenção dos justos ? é claro que não!
Da mesma forma os que afirmam ser o "Espírito de Deus"uma pessoa independente e que cumpre as ordens de Deus,fazem isto por não conhecerem o contexto no qual as escrituras foram escritas. O Espírito de Deus é tratado como pessoa e às vezes até as pessoas são tratadas como se fossem o Espírito de Deus...Hebreus 9:5 - Salmos 95 - Tudo isto faz parte da maravilhosa linguagem poética judaica.
Mas, por não discernirem e entenderem os textos sagrados,muitas pessoas de destaque no meio evangélico criam doutrinas estranhas aos princípios Bíblicos.
Outro exemplo: pessoas que oram para o Espírito Santo de Deus, e depois oram para o próprio Deus. pergunta-se: alguém pode dirigir-se ao meu espírito e depois a mim? Eu e meu espírito não somos parte do mesmo ser ? Seria possível separar-nos ? Orar ao Espírito Santo é falar com o próprio Deus!
O fruto da não compreensão dos princípios bíblicos e judaicos divulgados por Jesus e pelos apóstolos pode causar o engano, Apostasia. Muitos crentes para defenderem cegamente o dogma doutrinário trinitariano,citam I João 5:6-8.
O que alegam os judeus messiânicos ( crente em Jesus) ,que esta passagem foi alterada, e de que a forma como aparace suas Bíblias não consta dos originais. Assim está escrito :..."Porque há três que dão testemunho [no céu: O Pai,a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um e três os que testificam na terra a]: o Espírito e a água e o sangue , e os três são unânimes num só propósito ..."
Nota 7: Nos originais, toda a primeira parte do versículo não aparece, ela foi acrescentada provavelmente pelo autor da tradução não concordar com o conceito original,pois este feria sua crença no Deus Triuno,ou seja "três que são um,um que é três".
No original o texto aparece assim: ..."Porque há três que dão testemunho,o Espírito, e a água e o sangue e os três são unânimes num só propósito.
Que o Espírito Santo nos dê a unção do conhecimento e a unção do discernimento para que possamos fluir nas verdades das escrituras, para que assim não sejamos enganados.
Após Mateus 28:19, o texto mais utilizado para a defesa da trindade e da pessoalidade do espírito Santo está no discurso de Cristo aos discípulos, quando o Mestre prometeu o Consolador. (Capítulos 14, 15 e 16 do evangelho de João)
O termo “consolador”, traduzido do grego “parakletos”, é citado em apenas 5 versos da Bíblia, sempre pelo apóstolo João ((João 14:16; 14:26; 15:26; 16:7 e I João 2:1). O sentido original da palavra grega parákletos está relacionado a alguém que está ao lado a fim de ajudar, defender, consolar. Há várias traduções possíveis para a palavra grega parákletos. Além de “Consolador”, tradução mais comum em português, algumas versões usam “confortador”, Conselheiro, Advogado, e até mesmo Paráclito como traduções possíveis para a palavra grega parákletos.
Nesta seção vamos fazer uma breve análise seqüencial, começando por João 14:16 e passando por todos os versos e contextos onde o parákletos é citado. O objetivo principal deste capítulo é revelar quem é o parákletos.
Das cinco ocorrências bíblicas da palavra parákletos, as quatro primeiras saíram diretamente dos lábios de Jesus e foram relatadas por João, a última saiu da pena do apóstolo João em sua primeira epístola. Vejamos o que Jesus queria dizer quando prometeu um parákletos para os seus discípulos.
9.1 – João 14 – O espírito da Verdade
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro parákletos (consolador), a fim de que esteja para sempre convosco. O espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.” – João 14:16 e 17.
Jesus prometeu o Consolador (parákletos). Mas quem é o parákletos? Cristo mesmo responde: O parákletos é o “espírito da verdade” (14:16 e 17). Portanto, o “espírito da verdade” é o Consolador prometido por Cristo. A verdade tem espírito? É evidente que estamos lidando com elementos simbólicos cuja interpretação deve ser dada pela própria Bíblia.
Qual é ou quem é o espírito da verdade? Primeiramente temos que entender qual é a definição de “verdade” dentro do contexto do capítulo 14. O leitor atento perceberá que logo nos primeiros versos de João 14 a “verdade” é definida por Cristo:
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” – João 14:6.
Portanto, se a verdade neste contexto é Cristo, então o “espírito da verdade” pode ser interpretado naturalmente como o espírito de Cristo. Ao longo deste estudo teremos outras evidências de que o Consolador, o espírito da verdade, é, de fato, o próprio espírito de Cristo. Concluiremos que é o pneuma de Cristo que nos consola.
Qual é a finalidade da vinda do Consolador? O verso 16 responde: “a fim de que esteja para sempre convosco”. Esta expressão lhe é familiar? Quem prometeu que estaria conosco para sempre? A finalidade do parákletos é a mesma de Cristo: estar para sempre conosco.
“E eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos.” – Mateus 28:20.
De fato, Paulo afirma que “nada nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 8:39)
Ora, o parákletos (Consolador) é o próprio Cristo que está conosco, não mais em carne, mas atuando através do seu espírito!
A próxima evidência de que o parákletos é o próprio espírito de Cristo vem logo em seguida, em João 14:18. Após dizer que o espírito da verdade “estará em vós” (vs. 17), Jesus afirma no verso 18:
“Não vos deixarei órfãos, virei para vós.” – João 14:18
E acrescenta:
“Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.” – João 14:20.
Note a semelhança das expressões nos versos 17 e 20. No verso 17 Jesus afirma que o espírito da verdade “estará em vós”, no verso 20 ele repete o conceito afirmando que ele, o próprio Jesus, estaria em vós. Exatamente a mesma expressão que foi utilizada para o espírito da verdade é agora usada para Cristo. Isto indica claramente que Cristo estava prometendo enviar o seu próprio espírito, não uma terceira pessoa. Como não poderia estar ajudando e consolando seus discípulos pessoalmente, em carne, estaria com eles de outra forma: através de seu pneuma (espírito).
A manifestação do parákletos (espírito de Cristo) é prometida também no verso seguinte:
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado pelo meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” – João 14:21.
Como os verbos estão no futuro, fica claro que Jesus não estava se referindo à manifestação em carne pois esta já era uma realidade no tempo presente para os discípulos – não há que se prometer algo que já é realidade. Quando Cristo afirma “e me manifestarei a ele” (ao que guarda os mandamentos) claramente indica uma manifestação no futuro, não em carne, mas em espírito. A promessa do verso 21 está intimamente relacionada à promessa dos versos 16, 17, 18, 19 e 20. É a mesma promessa! Trata-se da promessa de que Jesus não deixaria seus discípulos desamparados, mas ele viria e se manifestaria a eles de outra forma: espiritualmente.
A conclusão de que o Consolador, o espírito da verdade, é o próprio espírito de Cristo é ratificada quando analisamos os versos 16 a 21 no contexto, considerando que Cristo está falando de um assunto específico e não de vários assuntos ao mesmo tempo. Analisar o verso dentro do contexto é a chave para chegarmos a esta conclusão.
Os versos seguintes apenas confirmam o que descobrimos até aqui. Veja o verso 22:
“Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.” – João 14:20.
Até então tínhamos visto que Cristo viria e se manifestaria (em espírito) aos seus servos obedientes. Agora, porém, lemos que o Pai, juntamente com Cristo, faria morada nestes servos fiéis. Como isso pode acontecer? É simples! Já vimos anteriormente que Jesus Cristo e o seu Pai têm o mesmo espírito (pneuma) por isso eles são um. É exatamente este espírito (pneuma) que virá habitar em nós. Não é errado entendermos que Deus também é nosso Consolador. O apóstolo Paulo afirma que o nosso Deus é “o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação” (II Coríntios 1:3). Também afirma que “Deus, que consola os abatidos, nos consolou…” (II Coríntios 7:6). Portanto, o espírito da verdade, o Consolador, é também o espírito de Deus.
Após uma breve explicação em decorrência de uma pergunta de Judas, no verso 22, Jesus menciona pela segunda vez o parákletos (verso 26). Agora o Mestre chama o Consolador (parákletos) de espírito Santo.
“Mas o Consolador (parákletos), o espírito Santo, …” – João 14:26.
Não há razão para acreditar que o Consolador do verso 26 seja diferente do Consolador do verso 16. É o mesmo parákletos, o mesmo Consolador do verso 16. Mas no verso 26, em vez de chamá-lo de espírito da verdade, Jesus o chama de espírito Santo. Poderíamos, novamente colocar numa fórmula de igualdade para interpretar os símbolos:
Nos versos 16 e 17 lemos que Consolador = espírito da Verdade
No verso 6 temos a definição de verdade: Verdade = Cristo
Então, usando as duas igualdades acima, chegamos à seguinte conclusão:
Consolador = espírito da Verdade = espírito de Cristo
Ou seja, lendo os versos 6, 16 e 17, já podemos concluir quem é o Consolador (parákletos). Trata-se do próprio espírito de Cristo. Isso é confirmado posteriormente, vejamos:
De acordo com o verso 26 aprendemos que Consolador = espírito Santo.
Já estudamos que, de acordo com os escritos de Paulo espírito Santo = espírito de Cristo.
Finalmente, concluímos que:
Consolador = espírito da verdade = espírito de Cristo = espírito Santo
O Consolador (parákletos) é o próprio espírito (pneuma) de Cristo.
O “Outro” Consolador
Defender uma doutrina baseado em um verso é algo muito perigoso, principalmente se o contexto não for analisado apropriadamente e se outras passagens sobre o assunto não forem consultadas. Mas o mais perigoso é basear um argumento sobre uma única palavra. E o risco de cometer um erro aumenta quando esta palavra está inserida entre elementos simbólicos, como é o caso do verso 16.
Infelizmente é exatamente isto que fazem os defensores da teoria da trindade quando tentam provar que o parákletos (Consolador) é uma terceira pessoa. No caso, a palavra chave para a defesa dos trinitarianos é “outro”:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador a fim de que esteja sempre convosco.” – João 14:16.
Se Cristo prometeu outro Consolador, como poderia ser o próprio Cristo? Não seria este outro uma terceira pessoa? Se a intenção de Cristo fosse enviar seu próprio espírito ele não deveria ser mais claro dizendo que iria mas ele mesmo voltaria em espírito?
Estas são as questões colocadas pelos defensores da trindade e podemos, novamente com auxílio de outros textos bíblicos, esclarecer estes pontos.
Primeiramente, é importante relembrar que Cristo muitas vezes falava de si mesmo na terceira pessoa do singular. Um exemplo clássico foi a afirmação de Cristo perante o sinédrio:
“Desde agora estará sentado o Filho do homem à direita do Todo-poderoso Deus.” – Lucas 22:69.
Também em diálogo com a mulher samaritana Cristo proferiu discurso simbólico em terceira pessoa:
“Se conheceras o dom de Deus, e quem é o que te pede: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” – João 4:10.
E falando sobre a verdade, que simbolicamente é ele mesmo, disse em discurso proferido na terceira pessoa:
“Então conhecereis a verdade e a verdade vos libertará… Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” – João 8:32 e 36.
Em outra ocasião, proferindo parábola sobre o bom pastor, disse:
“Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas… as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas.” – João 10:2 e 3.
E ainda falando sobre o pão enviado por Deus:
“Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” – João 6:33.
Em suma, quando Cristo profere discurso na terceira pessoa do singular falando sobre a verdade, a água viva, o bom pastor, o pão de Deus, o parákletos e outros símbolos, na verdade está falando sobre Si mesmo.
Então por que no caso do Consolador (parákletos) Cristo utiliza a palavra “outro”?
Convém lembrar que nem sempre a palavra “outro” refere-se literalmente a uma terceira pessoa. A palavra “outro” pode ter um sentido simbólico, já que está inserida num contexto repleto de símbolos. Veja um exemplo em que a palavra “outro” também tem sentido simbólico:
“O espírito do Senhor se apossará de ti (Saul), e profetizarás com eles, e tu serás mudado em outro homem… Sucedeu, pois, que, virando-se ele para despedir-se de Samuel, Deus lhe mudou o coração; e todos esses sinais se deram naquele mesmo dia.” – I Samuel 10:6 e 9.
Saul se transformou em literalmente em outro homem? Não! Era o mesmo Saul, a mesma pessoa, mas agindo de outra forma. Neste sentido ele foi outro, num sentido figurado, simbólico. Semelhantemente, o Consolador é o próprio Cristo, mas atuando de outra forma; não mais em carne, e sim através do seu espírito.
A intenção de Cristo era dizer que ele mesmo viria em espírito para ser o parákletos dos seus discípulos. Todo o contexto deixa isto muito claro. Cristo nunca deixou seus discípulos com dúvidas. O Mestre usava símbolos, figuras e parábolas, mas em seguida, para evitar más interpretações, Ele afirmava literalmente o que havia dito em símbolos. Não foi diferente nesta ocasião. Após dizer no verso 16 “ele vos dará outro Consolador” (mensagem figurada), Cristo afirmou no verso 18 “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.” (mensagem literal indicando que quem viria era ele mesmo).
Dez versos para frente o mesmo paralelismo “Simbólico X Literal” se repete: No verso 26 Cristo diz simbolicamente: “Mas o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas.” Já no verso 28 Cristo repete a mensagem de forma literal: “Vou e volto para junto de vós.” A palavra de Deus é fantástica! Os símbolos e parábolas são sucedidos por explicações e mensagens literais.
9.3 – João 15 – Quem Enviará o espírito?
Em João 15:26 encontramos a terceira menção da palavra parákletos (Consolador):
“Quando vier o Consolador (parákletos), que eu da parte do Pai vos enviarei, o espírito da verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.” – João 15:26
Novamente no capítulo 15, o parákletos é chamado de espírito da verdade. Nossa tendência, como pessoas pesquisadoras, é comparar este verso com os anteriores. Então surge naturalmente a questão: Quem enviará o Consolador? O Pai ou Jesus?
Numa primeira leitura o texto parece conter alguma ambigüidade.
Cristo enviará o Consolador, mas o Consolador será enviado “da parte do Pai”, o espírito da verdade “que procede do Pai”, afirma Jesus. Na realidade esta dualidade já estava presente no verso 26 do capítulo anterior. Em João 14:26 quem envia o Consolador é o Pai; em João 15:26 quem envia o Consolador é Jesus. Como explicar esta aparente contradição?
Já vimos que o espírito de Cristo é também o espírito de Deus. Ambos compartilham o mesmo pneuma (espírito). Veja estas afirmações de Cristo:
“Tudo quanto o Pai tem é meu…” – João 16:15.
“…para que possais saber e compreender que o Pai está em mim e eu nele.” – João 10:38.
“Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim?” – João 14:10.
Estes versos nos dizem que tudo o que o Pai tem, também pertence ao Filho. Tudo! Inclusive o seu próprio espírito (pneuma). É por esta razão que Cristo está no Pai e o Pai está no Filho, pois são um em espírito, ou seja, compartilham o mesmo pneuma. Portanto, não há contradição entre João 14:26 e João 15:26. Cristo envia o seu pneuma e o Pai faz o mesmo.
Sem medo de errar, com convicção de que o Pai e o Filho compartilham do mesmo espírito, reafirmamos que: espírito de Deus = espírito de Cristo.
Como conseqüência podemos afirmar que quando Deus envia o seu espírito, Cristo também envia o seu espírito, pois não há diferença entre espírito de Cristo e espírito de Deus.
9.4 – Que Procede do Pai
O verbo grego equivalente ao “proceder”, utilizado em João 15:26, é ekporeuomai. O espírito da verdade procede (ekporeuomai) do Pai. O significado deste verbo no original é sair ou partir de dentro de. O verbo ekporeuomai é utilizado também nos seguintes versos com exatamente o mesmo sentido original (partir de dentro, do interior de):
“Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede (ekporeuomai) da boca de Deus.” – Mateus 4:4.
“O que sai (ekporeuomai) do homem, isso é o que o contamina.” – Marcos 7:20.
“Então vi sair (ekporeuomai) da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs.” – Apocalipse 16:13.
Em João 15:26 o verbo ekporeuomai indica que o espírito da verdade sai, ou parte de dentro (do interior) do Pai. Isso enfraquece a teoria que defende o espírito da verdade (parákletos) como uma terceira pessoa, independente do Pai e do Filho. O espírito de Deus está dentro de Deus e não fora dEle. De dentro de Deus o espírito emana para os seus filhos.
9.5 – João 16 – “Convém Que Eu Vá”
Passemos a analisar o quarto verso bíblico que menciona o parákletos (Consolador):
“Convém que eu vá, porque se eu não for, o Consolador (parákletos) não virá para vós; mas se eu for, eu vos enviarei.” – João 16:7.
A Bíblia deixa claro que o espírito de Deus já atuava entre os homens. Será que o Consolador, também chamado de espírito Santo, não estava atuando entre os homens enquanto Jesus estava na terra? Sim, atuava! Lucas 2:25, sobre Simeão, afirma que “o espírito Santo estava sobre ele”. “Movido pelo espírito foi ao templo” (vs. 27).
Em Lucas 1:15, o anjo disse a Zacarias que seu filho, João Batista, seria “cheio do espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe”. Lucas 1:41 afirma que a mãe de João Batista, “Isabel ficou cheia do espírito Santo”. Sobre seu pai, Zacarias, a Bíblia também afirma que ficou “cheio do espírito Santo” (Lucas 1:67). A atuação do espírito Santo é anterior à encarnação de Cristo. Marcos 12:36 afirma que “Davi falou movido pelo espírito Santo” (ver também Atos 1:16). “Bem falou o espírito Santo aos vossos pais pelo profeta Isaías” (Atos 28:25). Além disso o Velho Testamento relata a manifestação do espírito de Deus sobre várias pessoas.
Por que, então, Jesus afirmou que ele enviaria o parákletos apenas após sua partida? Para responder a esta pergunta devemos novamente recorrer ao contexto, ou seja, ao início do capítulo. A chave está no verso 6 do capítulo 16. O coração dos discípulos se encheu de tristeza quando Cristo afirmou que iria para Aquele que o enviara, para o Pai. O objetivo de Cristo era consolar seus discípulos com a promessa do parákletos. A promessa deveria soar da seguinte forma aos ouvidos dos discípulos: Não estarei mais com vocês em carne, mas assim que eu partir (corporalmente), estarei convosco em espírito, ou seja, o meu pneuma (espírito) estará com vocês.
Paulo, certa ocasião, usou uma figura de linguagem semelhante:
“Porque ainda que eu esteja ausente quanto ao corpo, contudo em espírito estou convosco, regozijando-me, e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo.” – Colossenses 2:5.
É evidente que Paulo usa uma figura de linguagem, pois ele não era onipresente: não poderia estar fisicamente em um lugar e seu espírito em outro. Cristo também estava utilizando figuras e simbolismos neste discurso. Ele mesmo admitiu a utilização de discurso simbólico neste contexto:
“Disse-vos estas coisas por figuras; vem a hora em que não vos falarei mais por figuras, mas abertamente vos falarei acerca do Pai.” – João 16:25.
É neste sentido figurado que o parákletos (ou espírito Santo, ou espírito de Cristo) é prometido apenas para após a ascensão de Cristo. Não faria sentido Cristo dizer que estaria com os seus discípulos através do seu espírito se ele já estava com os discípulos em carne.
9.6 – João 16 – “Não Falará de Si Mesmo”
Ainda no mesmo contexto, falando sobre o parákletos, Jesus disse:
“Quando vier, porém, o espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir.” – João 16:13.
Novamente o Senhor Jesus repete sobre o parákletos o que já havia dito em João 14:17, que o parákletos é o espírito da verdade. João 16:13 também afirma que este “espírito da verdade” não falaria de si mesmo. Ora, essa característica de não falar de si mesmo é conhecida daqueles que lêem o evangelho. Sobre quem foi dito várias vezes que não falava de si mesmo? Como vimos, o espírito da Verdade é o próprio espírito de Jesus Cristo e este declarou várias vezes que não falava de si mesmo:
“Porque eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento quanto ao que dizer e como falar.” – João 12:49.
“Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras.” – João 14:10.
“Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por mim mesmo.” – João 7:17.
“Muito tenho que dizer e julgar de vós. Mas aquele que me enviou é verdadeiro, e o que dele ouvi digo ao mundo.” – João 8:26.
“Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou.” – João 14:24.
“Pois lhes dei as palavras que tu me deste, e eles as receberam. Verdadeiramente conheceram que sai de ti, e creram que me enviaste.” – João 17:8.
A mensagem de Cristo não teve origem nele, mas em seu Pai. Cristo deixou este fato bastante claro como pudemos confirmar nestes versos. Cristo não falava de si mesmo. Por que então a mensagem do “espírito da verdade” (que é o espírito de Cristo) deveria ter origem em si mesma? A origem da verdade está em Deus, o Pai, e estas palavras de verdade foram transmitidas a nós através do Filho Unigênito, quando estava entre nós, e hoje tais palavras são transmitidas pelo espírito (pneuma) do Filho Unigênito, o parákletos. Mas os textos bíblicos enfatizam qual é a origem das palavras da verdade: o Pai. Esta semelhança entre as características do parákletos e de Cristo, não deixa dúvidas. O parákletos é o próprio espírito de Cristo, não falando de si mesmo, mas transmitindo as palavras do Pai. O parákletos não é uma terceira pessoa de uma suposta trindade.
Vejamos a seqüência do capítulo 16:
“Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.” – João 16:14.
Há três informações neste verso: (1) “Ele me glorificará”, (2) “Ele há de receber do que é meu” e (3) “Ele vo-lo há de anunciar”. E a questão é: Quem é o “ele” do verso 14? Sobre quem Jesus está falando? Sobre o parákletos? Sobre seu próprio espírito? Sobre o Pai? Ou sobre uma terceira pessoa da trindade? Quem é o “ele” de João 16:14? A resposta está no verso seguinte:
“Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.” – João 16:15.
É evidente que Cristo está falando a respeito do Pai nos verso 14 e 15. O verso 14 tem muita semelhança com o verso 15. Pare por alguns segundos e note as semelhanças. É incontestável que o verso 14 refere-se ao Pai, pois este é quem glorifica o Filho.
“Assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.” – Hebreus 5:5.
O próprio Cristo admitiu que não poderia glorificar-se a si mesmo, mas que o Pai o glorificaria:
“Respondeu Jesus: Se eu me glorificar a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, do qual vós dizeis que é o vosso Deus.” – João 8:54.
A Bíblia mostra que a glorificação é um ato bilateral entre Deus e o seu Filho. O Pai glorificou o Filho e o Filho glorificou o Pai através de suas obras:
“Depois de assim falar, Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o Filho te glorifique… Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer. Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.” – João 17:1, 4 e 5.
Cristo, falando sobre si mesmo, afirmou:
“Também Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar.” – João 13:32.
Por que Jesus interrompe seu discurso sobre o parákletos e fala sobre a glória que receberá do Pai nos versos 14 e 15? Ora, a concessão do espírito de Cristo em sua plenitude não ocorreria imediatamente após a ascensão de Cristo, mas estava condicionada à sua glorificação. Se Cristo não recebesse de volta a glória que tinha antes da encarnação, continuaria despido dos atributos da divindade, dentre os quais a onipresença. Como então poderia enviar seu espírito para todo o mundo? Por isso a ordem natural dos fatos deveria ser obedecida: Em primeiro lugar Cristo deveria ser glorificado pelo Pai, posteriormente Cristo enviaria o seu espírito (parákletos).
“Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Ora, isto ele disse a respeito do espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.” – João 7:38 e 39.
Fica então evidente a razão de Cristo ter inserido em seu discurso um comentário parentético sobre sua glorificação (versos 14 e 15).
Cristo precisaria voltar para o Pai, ser glorificado, e depois voltar espiritualmente (enviando o seu pneuma). Com isto em mente, fica mais simples entender o verso seguinte, o verso 16:
“Um pouco, e não me vereis, e um pouco ainda e me vereis.” – João 16:16.
Temos neste verso uma clara menção ao breve período de tempo que Jesus permaneceria pessoalmente (em carne) com os seus discípulos e depois subiria ao Pai (“um pouco e não me vereis”). O verso conclui falando sobre o breve período em que Cristo deveria receber de volta a glória da divindade enviando, logo em seguida, o seu próprio espírito (“e um pouco ainda e me vereis”).
Não há dúvidas, o parákletos prometido por Cristo é ele mesmo em espírito, é seu próprio pneuma.
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